Comparada com a vida em Barbacena, a vida na AFA foi muito dura. Já não havia compaixão, diante das exigências para se tornar um piloto de combate. E os meninos se depararam com o verdadeiro combate pela sobrevivência pessoal na carreira de aviador. 

Novos companheiros se juntaram àqueles vindos da EPCAR. De repente, o espírito de corpo formado entre os antigos alunos, tão presente na alma, agora era enriquecido pela chegada de oitenta novos companheiros, vindos do mundo civil. Alguns poucos vinham de origens militares diversas, como de colégios militares, da EsPCEx, do CPOR do Exército e de carreiras subalternas da própria FAB. Eram os “PQD”, ou aqueles que “caíram de paraquedas”, sem passar por Barbacena.

Eles foram sendo absorvidos aos poucos e trouxeram suas contribuições. A Turma sempre teve modos criativos de incluir os diferentes. 

A amizade não tinha limites quando se tratava de buscar a união.

Éramos 300 cadetes, sendo 270 aviadores (178 oriundos da EPCAr e 92 admitidos por concurso) e 30 intendentes (10 da EPCAr e 20 admitidos por concurso).

Éramos tantos que algumas camas foram colocadas nos corredores, pois não havia vagas suficientes nos quartos. E os cadetes intendentes ainda estavam por chegar. Éramos tantos que enchíamos um ônibus papa-fila e mais um ônibus normal, no trânsito entre o alojamento e o hangar, durante o Curso Teórico do T-23 Uirapuru (apelidado de Zarapa).

Assim, o recebimento dos espadins, em meados de 1975, soava como uma cerimônia de vitória. Enfim, sagrávamo-nos aviadores. 

Na Cerimônia de Entrega dos Espadins, 220 cadetes, entre aviadores e intendentes, participaram do Evento.